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Enquanto minas gigantes de cobre do Chile travam uma batalha para manter trabalhadores saudáveis na pandemia de Covid-19, um laboratório no país está promovendo o uso de minúsculas partículas do metal para conter a propagação entre a população em geral.

Com sede em Santiago, o Aintech diz que seus produtos são os primeiros a usar nanopartículas de cobre em desinfetantes para matar e prevenir vírus e bactérias nas superfícies.

Um produto consiste num spray de álcool que pode ser usado em sapatos ou máscaras. O outro é usado em superfícies duras cujos efeitos supostamente duram uma semana.

É a mais nova aplicação para um metal usado principalmente na fiação, mas cuja capacidade de matar micro-organismos é um ponto de venda para novos produtos domésticos e industriais.

O cobre agora é usado para revestir várias coisas, como equipamentos de ginástica, gaiolas e fazendas de salmão. A produtora chilena de cobre Codelco tem promovido o uso do metal em hospitais, aeroportos e até meias.

Os clientes do Aintech incluem o sistema de ônibus de Santiago, um clube de futebol local e a segunda maior mina de cobre do país, a Collahuasi. O ministro de Minas do Chile, Baldo Prokurica, também aderiu à novidade, usando os produtos para limpar seus escritórios.

Embora a empresa tenha planos de vender seus produtos de limpeza no exterior, por enquanto estão sendo usados apenas no Chile.

A distribuição internacional pode ter que lidar com a cautela de reguladores, dado que pouco se sabe sobre as consequências a longo prazo para a saúde de pessoas que respiram nanopartículas, de acordo com Michael G. Schmidt, professor de microbiologia e imunologia da Universidade Médica da Carolina do Sul.

“Sou um forte defensor do cobre sendo continuamente antimicrobiano e de usá-lo em soluções específicas, mas acho que essa é uma tecnologia que não está pronta para esta epidemia”, disse.

Vittorio Stacchetti, cofundador do Aintech, disse que a empresa realizou vários estudos no laboratório italiano Merieux NutriSciences que comprovam a eficácia do produto.

Não há provas de que as partículas sejam perigosas para os seres humanos porque a concentração de cobre é muito baixa, disse, acrescentando que o Instituto de Saúde Pública do Chile aprovou o produto e está processando seu registro.

“O que acontece é que estamos falando de partículas muito, muito pequenas”, disse. “Elas penetram nas microporosidades de todas as superfícies e se fixam lá.”

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