Anualmente são geradas milhares de toneladas de resíduos resultantes de fios e cabos elétricos usados em produtos eletrônicos, eletrodomésticos, automóveis, na construção civil, entre outros setores.
Na prática, todo equipamento que precisa de eletricidade ou transmissão de informação é levado ao descarte incorreto, como a queima, prejudicando diretamente o meio ambiente. Esses produtos podem ser reciclados e reutilizados tornando-se viáveis para fabricação de outros artigos.
Para Wallysson Ferreira, gerente de vendas da EcoRobust, empresa pioneira na fabricação de equipamentos para reciclagem de fios e cabos a seco no Brasil, mesmo quando ocorre a reciclagem desses materiais é cometido o erro de queimar o plástico para aproveitar apenas o metal (geralmente cobre). “Nossas máquinas fazem a separação do polímero (plástico) do metal para que possam ser comercializados em separado, aumentando a renda no processo”, explica.
A EcoRobust estará pela segunda vez na Wire south america, único evento na América Latina a congregar as mais recentes tecnologias, produtos e serviços na fabricação e processamento de fios e cabos. Segundo Ferreira, a intenção é levar para esses fabricantes a cultura da manufatura reversa (reciclagem). “Percebemos, em 2018, um interesse crescente dessas empresas no processo de reciclagem de fios e cabos elétricos. Até porque as leis que exigem a logística reversa (quando os produtos fabricados retornam para o fabricante depois de serem utilizados) se tornaram mais abrangentes no sentido da preservação e defesa ao meio ambiente”.
Além de representar uma ação ecologicamente correta, o reaproveitamento de fios e cabos elétricos usados também pode ser uma boa opção de reforço de caixa para as empresas. Atualmente o quilo de cobre é vendido por cerca de R$ 22,00 e do plástico granulado entre R$ 0,50 e R$ 0,90 no país, dependendo da pureza do material a ser reciclado, segundo Ferreira.
Considerando que em um fio elétrico tem 40% de sua massa feita de plástico e 60% de cobre, e uma recicladora trabalha com uma tonelada de fios elétricos por dia, teremos em um ano 365 toneladas recicladas, sendo 146 toneladas de plástico e 219 de cobre. “Se conseguirmos vender o quilo do plástico a R$ 1 e do cobre a R$ 22,00 temos um valor bruto por ano de R$ 4,96 milhões”, conclui o executivo.
O processo de manufatura reversa de fios e cabos consiste em realizar uma triagem do material, moer, tornando-o uniforme, para realizar a separação densimétrica do cobre e PVC a seco, explica Ferreira.
“A EcoRobust trabalha com o projeto e a construção dos equipamentos conforme a demanda do mercado da sucata e da indústria de fios e cabos, somos parceiros dos segmentos, acreditamos que há uma vasta caminhada nesse processo de conscientização sobre reciclagem, e estamos a priori junto com os pequenos e médios comerciantes desse setor, que a cada ano cresce consideravelmente. A parceria da EcoRobust é sólida e inovadora, a cada desafio dos projetos apresentados temos a solução e cliente satisfeito”, afirma
Ferreira.
Carretéis de madeira – Fabricante de carretéis de madeira para acondicionamento de fios e cabos, a Madem, que também estará presente da Wire, também recicla seus produtos usados. “A reciclagem de carretéis de madeira é uma necessidade devido à logística reversa”, afirma Moacir Romagna, gerente comercial da empresa.A Wire south america é realizada pela Messe Düsseldorf, com organização e promoção da Cipa Fiera milano. O evento está marcado para os dias 01 a 03 de outubro de 2019, em São Paulo.
Fonte: RevistaPotencia