A balança comercial brasileira bateu recorde em junho. No período, o país exportou US$ 7,463 bilhões a mais do que importou, registrando o maior superávit para o mês desde o início da série histórica, em 1989. A queda nas importações se deu pela alta do dólar e pela retração na atividade econômica.
Apesar do recorde em junho, o saldo da balança comercial fechou o primeiro semestre abaixo do ano passado. O Brasil exportou US$ 23,035 bilhões a mais do que importou, ficando 10,3% abaixo do saldo do mesmo período de 2019, de US$ 25,68 bilhões.
Tanto as exportações como as importações caíram em junho. O Brasil exportou US$ 19,912 bilhões, montante 12% inferior ao de junho de 2019, pelo critério da média diária. As importações, no entanto, recuaram mais. O Brasil comprou US$ 10,449 bilhões no mês passado, retração de 27,4% na mesma comparação, também pelo critério da média diária.
No acumulado do ano, as exportações ainda caem mais que as importações. De janeiro a junho, o Brasil vendeu US$ 102,43 bilhões ao exterior, valor 6,4% inferior ao do mesmo período de 2019. As importações somaram US$ 79,395 bilhões, com recuo de 5,2%.
Produtos
A queda nas exportações em junho foi puxada pela indústria. A indústria de transformação exportou US$ 118,08 milhões a menos que em maio do ano passado, queda de 21% pela média diária. A indústria extrativa exportou US$ 54,64 milhões a menos, queda de 26,1%.
Na indústria de transformação, os principais produtos responsáveis pela queda das exportações são veículos automóveis de passageiros, com redução de 50,1% na média diária; carnes de aves processadas, retração de 38,6% pela média diária; e celulose, com recuo de 24,9% na média diária.
Na indústria extrativa, as principais quedas ocorreram na venda de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (37,3%) e de minério de ferro e seus concentrados (17,4%).
Somente o setor agropecuário exportou mais do que em junho do ano passado. O setor vendeu US$ 57,49 milhões a mais para o exterior, alta de 29,7% pela média diária. Os principais destaques foram a soja, o arroz com casca e látex e borracha.
Em relação às importações, as compras de itens ligados à agropecuária caíram US$ 2,49 milhões, redução de 15,6% pela média diária, na mesma comparação. As importações da indústria extrativa recuaram US$ 10,42 milhões (22,3%), e as compras da indústria extrativa encolheram US$ 174,28 milhões (28,1%).
Os principais produtos responsáveis pela queda nas importações foram os óleos combustíveis de petróleo, com retração de 60,8% pela média diária em relação a junho do ano passado; veículos automóveis de passageiros, retração de 75,7%, e partes e acessórios de veículos, menos 57,2%.
FONTE:
INVESTIMENTOS E NOTÍCIAS